Desenvolvendo uma Cultura Ágil
Quando discutimos agilidade, é crucial entender que vai além de simplesmente velocidade. Embora o SCRUM, como delineado no clássico livro de Jeff Sutherland, “Scrum: A Arte de Fazer o Dobro do Trabalho na Metade do Tempo“, busque equipes capazes de entregar mais em menos tempo, a verdadeira agilidade reside na capacidade de adaptação e resposta à mudança. É preciso compreender esse conceito fundamental e, em seguida, aprender a aplicá-lo de forma eficaz. Vamos entender alguns pontos que podem lhe ajudar nesta transformação e descobrir como estar desenvolvendo uma cultura ágil.
A raiz do problema
Grande parte as empresas tem uma aversão a toda e qualquer quebra de contrato ou mudança de escopo, quando na verdade é isso que realmente importa. Desde o início do desenvolvimento de sistemas, se tenta prever desde os prazos, estimar o trabalho, levantar requisitos de um sistema inteiro. E, desde que isso é feito, sem uma revisão periódica, os projetos falham, atrasam, entregam um sistema inútil. Você já se deparou com um sistema que executa um fluxo complexo demais ou que acaba atrapalhando o dia a dia? A grande maioria dos sistemas é pensado exclusivamente para armazenar e organizar dados, extrair relatórios e tudo mais.
Criar um sistema até hoje sempre foi uma tarefa técnica, onde o desenvolvedor recebe um requisito e executa como está ali. Pouquíssimas empresas trazem o feedback real do cliente para saber se aquela “solução” realmente SOLUCIONA o problema.
Quem aqui não passou por um caso em que utilizou um sistema, muito bem pensado no processo, mas que acabava por ser burocrático ao extremo, e ao questionar o time de TI a resposta é sempre a mesma: “O sistema é assim”. A grande maioria dos sistemas é pensado exclusivamente para armazenar e organizar dados, realizar alguns cálculos e fazer relatórios.
Adaptação à mudança
Então, do que se trataria a mudança?
Quem aqui não passou pela situação, ou não tem em sua empresa um processo chamado GMUD (Gestão de Mudança) ou então a OS (Ordem de Serviço), enfim chame como quiser. Seria isso então a tão famosa mudança que estamos falando? NÃO!
Grande parte as empresas tem uma aversão a toda e qualquer quebra de contrato ou mudança de escopo, quando na verdade é isso que realmente importa. Desde o início do desenvolvimento de sistemas, se tenta prever desde os prazos, estimar o trabalho, levantar requisitos de um sistema inteiro. E, desde que isso é feito, sem uma revisão periódica, os projetos falham, atrasam, entregam um sistema inútil.
A adaptação a mudança começa ao se avaliar cuidadosamente, com o feedback do cliente, se o desenvolvimento está indo para o lado certo, ou seja, se as funcionalidades pensadas realmente atendem o cliente. Em qualquer resposta negativa deve-se pensar novamente no escopo. Ficar apegado demais à uma funcionalidade que não será usada pode acabar com seu projeto. Mantenha seu backlog sempre ajustado de acordo com as necessidades mais urgentes do cliente.

Mudando a cultura
Muito bem, como podemos mudar a cultura e entender melhor as necessidades do cliente? A resposta é simples, trazendo o cliente para dentro do jogo. Talvez a execução ou aderência não seja tão simples assim, ok. O importante é que cada passo deve ser dado de uma vez.
Em toda a mudança, precisamos avaliar alguns pontos:
– Pontos de resistência
Tudo aquilo que pode gerar uma perda de velocidade na adaptação do processo. Pessoas ou processos, identifique e trabalhe neles a ponto de entender, se vale ou não a pena comprar esta briga. Se a resistência for muito grande, pode ser que não seja o momento de gastar toda a sua energia aqui, por enquanto.
– Pontos de apoio
Se apoie em pessoas que estejam engajadas na mudança, estas pessoas podem lhe ajudar a dar seguimento e apresentar bons resultados.
– Pessoas patrocinadoras
Não há como negar que certas pessoas têm mais influência na empresa, apoie-se aqui e invista o tempo e esforço trazendo resultados para eles.
– Bloqueios ou impedimentos
Identifique seus pontos de bloqueio, impedimentos e também riscos, não deixe nada de lado. Todo e qualquer problema deve ser levantado e pensado, pois aqui pode estar o segredo do sucesso ou falha.
Revisão e Inovação
Reserve sempre um tempo para discutir sobre inovação, ou ainda para melhorar possíveis problemas que você tenha encontrado no caminho. Não deixe para trás qualquer problema, resolva um a um, mesmo que não consiga resolver TODOS, alguma coisa pode ser resolvida, com certeza.
A inovação nem sempre se trata de uma solução mirabolante utilizando AI ou óculos de realidade aumentada, mas sim alguma coisa que possa ser melhorada a fim de facilitar a vida do time e da empresa, por mais simples que seja. Remover burocracias ou facilitar processos também é um tipo de inovação.
Ao final de cada ciclo, seja ele uma Sprint, PI, Quarter… que seja. Defina um prazo para executar esta rodada de inovação e revisão, cada empresa ou time terá seu tempo ideal, a indicação é que seja feito em intervalos curtos, assim se evita acumular muitas ações.
Revisar o que está sendo entregue é importante, promova sessões de demonstração e traga o seus stakeholders para acompanhar, inicialmente pode ser que não tenha tanta adesão, porém ao ver que há valor nas entregas esse jogo muda.
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